Talvez seja bem dita ou cantada a música que já soprou antes – ninguém é feliz sozinho. E não é mesmo. Não o tempo todo. Ninguém também é completamente triste. Não o dia inteiro. Bem verdade também. Mas quando o frio ou as noites de cadência, carência chegam, travesseiro nenhum é suficiente pra matar vontade. Saudade. De alguém. De ter. Porque a gente pode dar a volta ao mundo sete vezes. Escalar o pico do ponto mais alto do planeta. Conquistar o impossível. Mas se não tivermos com quem compartilhar vitórias... Ah, elas perdem o valor.
E eu nem estou colocando na ponta do lápis o benfazejo amor próprio. Esse é obrigação egoísta. Devemos nos gostar. Nos agraciar. Não nos empurrar com a barriga. Como der. É que a gente não se beija. Não se cheira. Pode até se levar pra passear, mas não num cinema escurinho de mãos dadas. Não para rir de uma piada sem graça. Ou rir de nada. Lembrar do sorriso. Do olhar. Alguém pra chamar de seu. De lar. Para morar no abraço. E nem me venha com história de propriedade privada. A gente não compra amor. Romance. E se comprar não dura. Não vinga. Não tem química. Não saí faísca. Não é feio querer ser querido. Não é feio querer ser amado. No fim de cada dia, até aquele solteiro mais convicto queria voltar para os braços de alguém. Aproveite e dê o seu a torcer. Ame. Se renda. Se entregue. Você pode ser feliz também! Só precisa tentar. Tentar ser par. Tentar ser dois, em um. Dois sorrisos, um primeiro lugar no pódio. Casal. Namorados. Cúmplices. Amigos. Lindos, juntos.

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