segunda-feira, 21 de julho de 2014

Detesto essa mania moderna de economizar.

"De poupar. De guardar. De se esconder, de se proteger, de não se valer. Detesto a falta de empolgação de quem diz “oi” e “tchau” quase ao mesmo tempo. Acho de uma covardia intraduzível quem esconde as palavras e os sentimentos lá no fundo pra não se machucar.

Deve ser por que sou do tipo que mete a cara. Que mergulha, se afoga, se fere e se recompõe – mas não deixa de ser quem é nem por um minuto. Porque prefere ser julgado a ter que se omitir. É por isso que eu gosto de quem se mostra inteiro e permite que eu faça o mesmo.

Não me surpreende, também, que este adorado adjetivo - verborragia - (...) seja considerado uma patologia, seja empregado pejorativamente. Seja confundido, comumente, com tagarelice. Dane-se, eu amo mesmo assim – aliás, tudo o que amo nesta vida tem um quê de loucura e esquisitice.

Sem tentar, nem por um minuto, ser técnico, arrisco dizer que os verborrágicos são diferentes dos tagarelas, e diferentes pra melhor, por assim dizer: não me refiro ao que fala sem parar, sem filtro e sem bom senso. Não. O verborrágico fala muito e fala o necessário. Fala o que sente, o que pensa, o que o outro precisa ouvir. Fala com os instintos e com o coração. O verborrágico ao qual me refiro é aquele que não tem medo de se cuspir pela boca. De dar vazão à alma através dos verbos. É o que te abraça com dezenas de sílabas. É quem não tem medo de se traduzir. É o que se dá ao luxo de se mostrar em um mundo em que cada palavra pesa contra você."

- Nathali Macedo

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Não sou de correr atrás de ninguém

tenho o orgulho entalado na garganta. Minha paciência se esgota com facilidade para assuntos fúteis, que não levam ninguém a lugar algum. Sem objetividade. Sem direção. Tenho feito exercício de compreensão do outro mais vezes. Juro que tento entender o comportamento do ser humano a minha volta. Ora é um tanto difícil, ora é prazeroso. Pra mim é “oito ou oitenta”, não existe meio termo. Cheguei no limite em que não necessito de tantas coisas. Joguei fora todo acúmulo, seja lá de sentimentos ou de cartas velhas espalhadas pela casa. Cansei de ver gente colecionando corações e levando junto o meu. Não, isso não é uma indireta, até por que não tenho medo de falar nada. Sabe o que me aconteceu? Peguei uma caneta e giz de cera, comprei uma cartolina, coloquei na parede de frente pra minha cama e escrevi: toma vergonha na cara, menino, levanta essa cabeça e vai viver!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Você percebe que amadureceu quando...

Você começa a fazer a maioria das coisas sozinho. Não precisa mais do apoio dos seus pais, somente quando você chega em casa e os vê bem. Vai ao médico, ao dentista, aprende os caminhos que deve fazer para chegar em tal lugar. Luta sozinho;

Não teme mais as pessoas quando você sabe que está do lado certo: o seu lado. Quando elas pensam que estão contra você, a segurança é tamanha que ninguém ousa contrariá-lo;

Você usa o que aprendeu com o tempo: falar menos e ouvir mais. Mas, quando falar, ser direto e assertivo;

Demonstra insatisfação e indignação quando percebe que mesmo podendo ser melhor as pessoas (ou os processos, que seja) não querem sê-lo. Isso incomoda profundamente.

E essa é uma das lições que mais sábias: você já ficou indignado hoje?

domingo, 13 de julho de 2014

Eu voltei por entre as flores da estrada

"Não perca seu tempo comigo, porque sou fiel aos meus sentimentos. Vou estar com você quando eu realmente quiser estar. Vou te ligar quando eu quiser falar com você. Porque eu não passo vontade. E nem vou passar vontade de você. Não vou fazer joguinho. Eu me entrego mesmo. Assim. Na lata. Eu abro meu coração. Rasgo o verbo. Me dou em prosa. E se te disser que não te quero, meu olhar vai me desmentir na tua frente. Porque eu falo antes de pensar. Eu falo até sem sequer pensar. Eu penso falando. E se estou com você, aí, não penso duas vezes. Não penso em nada. Não quero mais nada."

Eu sabia que mais cedo ou mais tarde eu não resistira a esse blog. Sim, porque alguma coisa dentro de mim pedia para que eu continuasse a escrever, em meio a um turbilhão de informações na era do conhecimento - entenda: redes sociais. Mas eu precisava de um lugar que fosse meu, só meu, para que pudesse dissertar meus desabafos, minhas opiniões, meus textos, minhas inspirações.