terça-feira, 31 de maio de 2011

Moço! Quanto custa uma cartela de paciência?

Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados! Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia. (Ou não) Por muito pouco a madame que parece uma "lady" solta palavrões e berros que lembram as antigas "trabalhadoras do cais". E o bem comportado executivo? O "cavalheiro" se transforma numa "besta selvagem" no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar.

Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma "mala sem alça". Aquela velha amiga uma "alça sem mala", o emprego uma tortura, a escola uma chatice. O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, e até o passeio virou novela.

Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava demorando a dar o saldo. Eu, inconformado, me lembrei da fila dos bancos. Ainda, vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso, e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que "era longo demais".

Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus. A paciência está em falta no mercado, e, pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta. Pergunte para alguém, que você saiba que é "ansioso demais" onde ele quer chegar.

Qual é a finalidade de sua vida? Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta.

E você? Onde você quer chegar? Está correndo tanto para quê? Por quem? Seu coração vai agüentar? Se você morrer hoje, de infarto agudo do miocárdio, o mundo vai parar? A empresa que você trabalha vai acabar? As pessoas que você ama vão parar?

Será que você conseguiu ler até aqui? Respire. Acalme-se, por favor. O mundo está, certamente, apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência.

(Arnaldo Jabor)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Faz tempo

Ufa! Quase que se passa um mês inteiro sem eu escrever qualquer bobagem por aqui. Faz tempo que eu não escrevo nada, é verdade. Mas não é por falta de vontade não, é por falta de inspiração. Às vezes, começo muito bem, obrigado, mas não sei desenvolvê-lo. Fico frustrado e saio. Correndo, na maioria das vezes.


De uns tempos para cá, descobri o prazer da leitura. Redescobri, pra ser sincero. Sou muito crítico para livros. Seletivo, eu diria. É que não gosto de estórias contadas com palavras difíceis, ou de muito antigas. Me cansam. Só que, nesses últimos tempos, li dois livros espíritas consecutivos. Cheguei até a confundir as histórias (só eu mesmo, rs). Não acredito em espiritismo (não ainda), mas as histórias contadas por eles são fantásticas. São mais do que histórias bem contadas, são lições de vida. Lições para a vida inteira. Tenho minhas críticas sobre, mas nada que seja tão importante quanto às mensagens ditas neles.

No meio de uma leitura e outra, li o livro da Bruna Surfistinha. Sempre tive curiosidade, confesso. Acredita que eu me emocionei na parte em que ela relata que sai de casa para conhecer a sua liberdade (por se aproximar um pouco da minha)? Pois é, eu chorei com a história de uma garota de programa. Não, eu não acreditava que eu fosse capaz disso. Mérito seu, Raquel.

Voltei a jogar vôlei, cara! Aos finais de semana, um bate bola, com o pessoal. Mesmo sendo “só” um bate bola, eu não entro para perder. Não faz parte da minha rotina. Não faz parte de mim jogar “só por lazer”. Imagina que eu vou entrar em “quadra”, jogar, dar o meu melhor, e aceitar perder com a mesma naturalidade que outros fazem? Eu não consigo! Se é para ser, que seja por inteiro, cem por cento. Eu gosto de vencer, eu nasci para isso (modéstia a parte). Até no par ou ímpar. Isso é meu, é de dentro para fora. Quem joga (ou jogou) comigo sabe bem como é isso. Eu falo o tempo todo, trago a responsabilidade para mim. Se bem que 1,93 de altura ajuda bastante nesse quesito...

Meu relacionamento vai de vento em poupa. Não está no seu melhor momento, e nem muito menos no momento que eu desejei estar algum dia de minha vida. Só que não desistir também faz parte de mim e é um dos meus lemas. Eu não desisto assim tão fácil das coisas que eu quero fazer e ainda não fiz. E eu não quero perdê-lo. Não por tão pouco. Sei que estamos em um momento propício à traição. Mas depende de cada um: quando um não quer, dois não brigam. Briga é inevitável, ainda mais quando você mora com a outra pessoa, mas ela não pode se tornar uma constante. Temos que mudar de atitude, de ideia, de postura. Ceder um pouco, quem sabe. Ser feliz não é sinônimo de ter razão sempre. Ser feliz é muito mais do que isso.

Mas eu isso é assunto para outro dia. Beijo, queijo.