Bateu uma vontade louca de sair correndo das redes sociais, de não ter que ver mais algumas que eu gostaria muito de não ler mais. Não quero saber mais como andam as coisas por lá, quem foi promovido, quem pediu as contas, como anda o volume de trabalho de um, quem derrubou o outro. Quem conseguiu o que queria há muito tempo - eu com muita vontade de dizer "finalmente", de uma forma bem sarcástica, para mostra que não, não é aquilo que todos pensam que é. Eu quero quem se importa comigo. Como eu estou depois de tudo que eu passei. E, olha só, nem lembram mais do que aconteceu. Já virou página virada - graças a Deus.
Descobri ainda como eu não gosto de pessoas que prometem pra mim uma coisa que elas não vão cumprir. Eu odeio isso, aliás. Eu sou muito perfeccionista, apegado à detalhes. Eu presto muito mais atenção nas coisas menores do que nas maiores. É lá que eu encontro a diferença. E isso é um perigo. Eu saberei exatamente quais foram as palavras que você usou quando eu me sentir ofendido por você. E eu as repetirei se for necessário, pode ter certeza. Aprendi a não ser vingativo, nem orgulhoso, mas aprendi também a me calar. A silenciar o meu mais profundo sentimento, sem guardar nenhum tipo de rancor. Não é isso. É deixar para depois mesmo. Saber o momento certo de usá-la, sem dar a sensação de que estou "jogando na cara". É mais do que isso: é mostrar que não podemos, de jeito nenhum, fazer com as pessoas que a gente ama de verdade o que não queríamos que fizessem com a gente.
"Posso ser de mel, e de veneno. Posso ser muito humana, e muito bicho também. Me morde e eu te como."
(Clarice Lispector)
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