sábado, 22 de janeiro de 2011

Tenho estado um pouco ausente, é verdade

De uns tempos para cá, tenho conversado muito mais comigo mesmo. Tenho me questionado muito mais. As roupas não combinam mais. Os tênis não estão limpos o suficiente. O cabelo nunca mais esteve como eu queria, sempre esteve desobediente. Tenho me irritado com mais facilidade. Perco a paciência a troco de nada. Não chamo mais atenção. Nem quero mais estar no centro delas.

Tenho andado desmotivado, um pouco para baixo. Me faço de forte, de imbatível, de insuperável. Só me faço. Porque não consigo ser frio com as coisas que me sobem na cabeça, que me tiram do sério, nem ser pela metade. Eu sempre dou o meu melhor, mas isso nem sempre é o suficiente. Gosto do diferente, do anormal, do incomum, do avesso. É isso que me faz todos os dias.

Tenho questionado, frequentemnte, se estou no caminho certo. E, se não estou, o que falta para eu voltar a encontrá-lo? Preciso respeitar mais as minhas vontades. Não combinar mais as roupas com o meu humor, se eu não quiser, nem o perfume com a cor da minha camiseta. Se meu cabelo não ficar do jeito que eu quero, vou assim mesmo; foda-se o que vão pensar. Não vou mais engolir a seco. Vou xingar mesmo, vou ensinar o certo e fazer o errado. E não aceitarei ser cobrado por isso. Serei igual. Ninguém vai mais ganhar méritos sobre mim.

Não preciso mais que ninguém me ofereça nada. Se eu quiser, eu compro. Não vivo mais da caridade de quem me detesta. Foda-se quem quiser.

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